História da Cidade de São Paulo

 

Sumário

1a Fase: Da Fundação do Povoado de São Paulo de Piratininga (25/01/1554) à Independência do Brasil (07/09/1822)

2a Fase: Da Independência do Brasil (07/09/1822) à Proclamação da República (15/11/1889)

3a Fase: Da Proclamação da República (15/11/1889) à 1a Guerra Mundial (28/06/1914)

Escritório Ramos de Azevedo

4a Fase: Da 1a Guerra Mundial (28/06/1914) ao Fim da República Velha (03/11/1930)

5a Fase: Início da Era Vargas (03/11/1930) à Revolução de 1964

Prestes Maia

6a Fase: Da Revolução de 1964 à Nova República (1985)

7a Fase: Da Nova República (1985) aos dias de hoje

 

 

 

1a Fase: Da Fundação do Povoado de São Paulo de Piratininga (25/01/1554) à Independência do Brasil (07/09/1822)

Desde a oficialização do "Descobrimento do Brasil" em 22 de abril de 1500, Portugal procurou ocupar o território da colônia a fim de extrair sua riquezas e evitar a invasão por parte de outros países europeus. Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalaram a Serra do Mar chegando ao Planalto de Piratininga onde encontraram "ares frios e temperados como os de Espanha" e "uma terra sadia, fresca e de boas águas". Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú. Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas, em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga.

Em 1556 foi inaugurado o Páteo do Colégio, que é um dos grandes símbolos históricos da cidade. Hoje, existe um prédio simbólico para representar a antiga construção.

O crescimento de São Paulo, que em 1558 foi elevado à categoria de Vila e em 1711 se tornou uma cidade, foi bastante lento, e somente a partir da Independência do Brasil e do início da produção cafeeira no século XIX a cidade começou a prosperar. As construções mais importantes deste período, foram as pontes rudimentares sobre o rios e córregos da região, e as construções religiosas de igrejas, conventos e mosteiros. Em 1555, iniciou-se a construção da primeira Igreja da Sé (que foi reconstruída por diversas vezes, e sua forma atual, foi iniciada nos anos 50 e finalizada nos anos 70), em 1592 a Igreja do Carmo e 1600 a construção do Mosteiro Beneditino e 1650 sobre o mesmo local, a Igreja de São Bento.

Até o século XVIII, a cidade foi o quartel general da partida de "Bandeiras"; sabe-se que em sua primeira fase, procurava-se o aprisionamento de índios para trabalho escravo, e em sua segunda fase procurava-se as riquezas da mineração, que prosperou na região de São João Del Rei e em Vila Rica (Ouro Preto) por volta de 1700. Muitos "caminhos" abertos pelos bandeirantes são hoje, importantes vias do nosso sistema rodoviário, entre estes bandeirantes se encontra Fernão Dias Paes Leme, Bartolomeu Bueno da Silva (o Anhangüera), Manuel Preto Borba Gato, Antônio Raposo Tavares, entre outros. Ainda que não tenha contribuído para o crescimento econômico de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável pelo devassamento e ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que opunham resistência a esse empreendimento.

As principais atividades na cidade, se desenvolviam no Triângulo Histórico, cujos vértices eram o Convento de São Francisco, a Igreja São Bento e Igreja do Carmo.

No fim do Século XIX, na margem esquerda do Rio Anhangabaú, o Brigadeiro Francisco Xavier dos Santos estabeleceu uma plantação de chá, e o lugar ficou conhecido como o Morro do Chá. Foi o marco inicial para o desenvolvimento da chamada "Cidade Nova", que compreende a região que vai desde o Bairro da Luz até o Bairro da Bela Vista.

A primeira planta da Cidade de São Paulo foi elaborada pelo Engenheiro Rufino José Felizardo em 1810, mas só foi publicada em 1841.

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2a Fase: Da Independência do Brasil (07/09/1822) à Proclamação da República (15/11/1889)

A partir do século XVIII, o sistema colonial e encontrava em pleno declínio, nesta época o mundo passava por diversas transformações, como o fim do Antigo Regime ("Absolutismo" no plano político, "Mercantilismo e o Capitalismo Comercial" no plano econômico e a Sociedade Estamental" no plano social), a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e "as Guerras Napoleônicas". Na América, os Estados Unidos conseguiram sua Independência em 4 de julho 1776 e por volta de 1819, Simon Bolívar, soldado e estadista sul-americano, liderou Guerras de Independência que resultaram em países como a Colômbia, a Bolívia, a Venezuela e o Peru.

A relação entre a Metrópole e a Colônia já se encontrava em crise com diversos conflitos de interesses político, econômico e social, culminando na Independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822. O "Grito do Ipiranga", por Dom Pedro I foi na Chácara do Coronel João de Castro do Canto e Mello, pai da Marquesa de Santos, local onde hoje se encontra o Parque da Independência no Ipiranga.

A partir do momento que a velha colônia se tornou um país, o Brasil passou um considerável período de estruturação que foi do Primeiro Império, passando pela Proclamação da República até o fim do século XIX.

A cidade de São Paulo era uma importante Província, que teve um certo desenvolvimento a partir deste período. Nesta época iniciou-se a pavimentação de ruas e praças do centro, que tinha grandes problemas de escoamento de águas pluviais, foi implantado o sistema de iluminação pública com Lampiões de Azeite (1829) e foi criada a Academia de Direito no Largo São Francisco em 1828, que deu um impulso ao desenvolvimento da cidade.

Em 1825, num projeto que inicialmente previa a criação de um Jardim Botânico, foi criado o Jardim da Luz e em 1852 neste mesmo bairro foi criada a Casa de Correção da Luz (Cadeia Pública).

Os rios da região eram muito aproveitados como lugares de lazer e para a prática de esportes como o remo e a natação. Haviam sobre esses rios diversas pontes, como a Ponte Grande (que foi reconstruída anos depois com o nome de Ponte das Bandeiras). Em 1830, a navegação sobre o rio Tietê e o Tamanduateí eram bem aproveitadas, e a cidade de São Paulo possuía um porto denominado Porto Geral localizado na região onde hoje se encontra o Mercado Municipal no Rio Tamanduateí. Devido a este porto existe atualmente uma rua denominada Ladeira Porto Geral, próximo ao metrô São Bento.

A fim de regularizar o curso do rio e obter um melhor aproveitamento das várzeas, iniciou-se a retificação do Rio Tamanduateí em 1848, e anos mais tarde do Rio Jurubatuba (Rio Pinheiros) e do Rio Tietê.

Em 1860, a produção cafeeira de exportação do Vale do Paraíba começa a ter uma grande importância na economia do Brasil Imperial. A partir de 1870, a cidade tem um grande desenvolvimento, e os fazendeiros passam a ter residências na cidade. No começo do século XX, acontece a imigração européia (principalmente de italianos e espanhóis), devido à produção do café e ao início da industrialização, e se inicia então o loteamento de chácaras.

Por volta de 1854, Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, influenciado pela estrutura industrial inglesa, implanta o primeiro trecho da primeira ferrovia brasileira no Rio de Janeiro. Em 1865, acontece na cidade de São Paulo a viagem inaugural da ferrovia da São Paulo Railway, entre a Estação da Luz até a Estação da Mooca (entrando em operação em 1867), e que posteriormente veio a ligar Santos a Jundiaí, sendo um importante meio de transporte dos produtos de exportação como o café.

O primeiro grande planejador urbano de São Paulo foi o Presidente de Província João Teodoro que governou a cidade no período de 1872 a 1875. Suas principais obras foram a remodelação do Jardim da Luz, o emprego de paralelepípedo nas ruas centrais, a abertura de ruas em chácaras entre o bairros da Luz e do Brás bem como na região da rua Santa Ifigênia, sendo este último de grande importância na época, tanto que atualmente uma das ruas abertas em sua gestão recebeu o nome de Rua João Teodoro. Em 1872 foi implantado o sistema de iluminação pública a gás, e também a primeira linha de bondes de tração animal ligando a Estação da Luz à Chácara Campo Redondo (depois Campos Elíseos). Em 1875 foi inaugurada a Estrada de Ferro Sorocabana passando pela Estação da Luz.

Por volta de 1879, os arquitetos Glete e Nothmann projetaram o primeiro bairro planejado de São Paulo, os Campos Elíseos, que abrigou nas proximidades da Estação da Luz muitos dos palacetes dos fazendeiros do café. Foi a obra arquitetônica mais emblemática das transformações urbanas da capital paulista e o tributo mais contundente à presença britânica na cidade.

No período de 1880 a 1890 , os imigrantes italianos, que trabalhavam nas lavouras de café e nas primeiras indústrias, se estabeleceram no Brás e na Chácara do Bexiga.

Em 1880, muitos casarões foram derrubados para a construção de novas edificações em arquitetura influenciada por países europeus. As edificações desta época foram executadas por arquitetos e engenheiros formados na Europa.

A cidade apresentou uma grande mudança territorial e, por isso, Jules Martin produziuem 1877 um novo mapa da cidade.

No período de 1883 a 1886 foi construída a Estrada de Ferro Santo Amaro, aproveitando parte do antigo "Caminho de Santo Amaro", ligando a região central ao Matadouro da Vila Mariana (próximo à Rua Sena Madureira).

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3a Fase: Da Proclamação da República (15/11/1889) à 1a Guerra Mundial (28/06/1914)

Desde 1870 a economia brasileira vinha passando por rápidas transformações, e apesar do domínio na economia pela cultura do café, o comércio e a indústria tiveram um considerável desenvolvimento e a monarquia brasileira já se encontrava extremamente enfraquecida. Desatualizado politicamente e ineficiente em termos administrativos, o Segundo Império chegou ao fim com a Proclamação da República no dia 15 de Novembro de 1889, por Marechal Deodoro da Fonseca.

A cidade de São Paulo já se encontrava em crescimento devido à cultura do café e, com a Proclamação da República, a ideologia do novo sistema político contribuiu para o desenvolvimento da cidade uma vez que era um pouco mais receptiva às transformações sócio-econômicas trazidas pelo comércio e pela industrialização.

Em 1893, o loteamento de uma antiga chácara foi chamado Higienópolis (antigamente era um local onde as famílias passavam seus fins de semana, local este que era agradável e de muita higiene, daí o nome do bairro), cujas ruas ganharam nomes de estados brasileiros (Rua Sergipe, Maranhão, Alagoas, entre outros), e muitas residências de alto padrão foram construídas no bairro.

Joaquim Eugênio de Lima, formado em agronomia na Alemanha, veio morar em São Paulo em 1880. Inspirado nas grandes vias das cidades européias, trouxe consigo a intenção de fazer uma grande avenida sobre a cidade. Em sociedade com José Borges Figueiredo e João Augusto Garcia, comprou diversos terrenos e, onde antigamente era apenas uma simples via de terra que servia de passagem para carros de bois, pôde então construir uma via com 2800 metros de comprimento e 30 metros de largura. Esta via foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891, com o nome de Avenida Paulista. As ruas ao redor ganharam nomes de cidades paulistas como Alameda Santos, Jaú, Limeira , Amparo, Tietê, etc.

A partir da criação da Avenida Paulista, a região foi ocupada pela elite paulistana que construiu diversos palacetes em estilo neoclássico, como a Mansão Matarazzo.

Nesta época a "Cidade Nova" já era denominada como "Centro Novo", e já ocupava uma extensa área entre a região da Bela Vista e a Luz. A fim de facilitar a ligação entre a Rua Líbero Badaró e a Rua Barão de Itapetininga, foi inaugurado no dia 6 de novembro de 1892 o Viaduto do Chá, idealizado pelo francês (que não era engenheiro nem construtor) Jules Martin. A obra demorou para ser concluída devido à negociação para a demolição de uma parte da casa do Barão de Tatuí.

Em 1886, foi inaugurada uma importante entidade educacional, o Mackenzie College, por membros da Igreja Presbiteriana, de origem americana.

Em 1894, foi inaugurada a Escola Politécnica na região do Bom Retiro, que propiciou um grande desenvolvimento para a cidade, pois até então para obter a formação de engenheiro arquiteto, era necessário estudar na Europa ou na Escola de Engenharia do Rio de Janeiro.

No dia 7 de setembro de 1895 foi inaugurado o Museu do Ipiranga, na região de mesmo nome. Tratava-se de uma grande construção em uma região ainda não muito ocupada, parecida com os tempos da Chácara do Coronel João de Castro do Canto e Mello. Os jardins do Museu foram inspirados nos do Palácio de Versailles, na França.

No fim do século XIX, a região do Brás se encontrava bastante industrializada, principalmente por fábricas de tecidos, e com boa parte da mão-de-obra de imigrantes italianos.

Desde o período colonial, São Paulo era governada pela Câmara Municipal, instituição que reunia funções legislativas, executivas e judiciárias. Em 1898, com a criação do cargo de Prefeito Municipal, cujo primeiro titular foi o Conselheiro Antônio da Silva Prado (administrou a cidade de 1898 a 1911), os poderes legislativo e executivo se separaram. Suas principais realizações foram o alargamento de ruas perimetrais como a Líbero Badaró e a Boa Vista (até 1910, a rua Líbero Badaró era considerada sombria. Era mais estreita e encoberta pela sombra das edificações bem como um local de prostíbulos. Com seu alargamento, a rua foi revitalizada e ocupada comercialmente.), a revitalização da Praça da Sé, e a substituição do gás pela energia elétrica na iluminação pública.

Em 1901, foi inaugurada a nova Estação da Luz, um projeto moderno em estrutura metálica importado da Inglaterra (réplica de uma Estação de Sydney na Austrália). A estação foi de grande importância na época uma vez que era ponto de partida dos produtos de exportação, que saíam posteriormente do Porto de Santos.

Em 1907, tendo em vista a necessidade de um sistema de abastecimento público de água, foi inaugurada a Represa do Guarapiranga, na região sul da cidade.

O dia 18 de junho de 1908, com a chegada do Navio Kasato Maru, com 165 famílias de agricultores, num total de 786 pessoas, foi o início da imigração japonesa no Brasil. Os imigrantes se espalharam por diversas cidades do Oeste paulista, litoral e alguns anos depois na capital.

Em 1913, foi inaugurado o Viaduto Santa Ifigênia, projetado pelo escritório Micheli Chiappori (de origem belga). O viaduto ligou a Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Santa Ifigênia ao Largo de São Bento.

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Escritório Ramos de Azevedo

Muitas obras inauguradas no período do Prefeito Antônio Prado tiveram a importante participação do engenheiro arquiteto Ramos de Azevedo. Formado na Bélgica e Diretor do Liceu de Artes e Ofícios, veio a residir em São Paulo em 1886, e através de seu Escritório de Projetos, mudou a cara da cidade.

Ramos de Azevedo projetou vários palacetes na região da Avenida Paulista e importantes marcos da arquitetura paulistana do início do século, tais como o Edifício da Tesouraria da Fazenda (1891), o Quartel da Força Pública (na região da Luz, em 1891), o edifício da Escola Politécnica em estilo renascentista (Edifício Paula Sousa, em 1899), o edifício do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (hoje Pinacoteca do Estado, em 1900), o Teatro Municipal (baseado no Teatro de Ópera de Paris, em 1911), o Grupo Escolar Rodrigues Alves (na Avenida Paulista, em 1919), a primeira parte da Penitenciária do Carandiru (1920), o Palácio das Indústrias (1920), o Prédio dos Correios (1922), o Prédio da Light (1929), a Faculdade de Medicina de São Paulo (na Avenida Doutor Arnaldo, em 1931), o Mercado Municipal (1933), o Palácio da Justiça (1933) e ainda participou da construção da Estrada de Ferro Sorocabana.

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4a Fase: Da 1a Guerra Mundial (28/06/1914) ao Fim da República Velha (03/11/1930)

A Primeira Guerra Mundial afetou de várias maneiras a economia brasileira. Além da queda das exportações, havia um grande índice de desemprego bem como salários muito baixos. Além disso, as condições de trabalho nas fábricas paulistas eram muito precárias, o que causava constantes acidentes. Existia o trabalho infantil e a somatória de todos esses fatores resultou na Greve Operária de 1917, que durou mais de uma semana e só terminou devido à repressão da Cavalaria da Força Pública Paulista ("Lugar de Criminoso é no cemitério, não na cadeia", frase do Tenente da Força Pública Paulista, J. Antônio de Oliveira, sobre a greve de 1917).

Por outro lado, dentre os efeitos positivos, houve um surto industrial no Brasil. As operações militares na Europa e a "Guerra Submarina" no Atlântico reduziram bastante a importação brasileira, possibilitando a aceleração da industrialização e a substituição de importações, propiciando um considerável crescimento deste setor na economia brasileira.

Nesse ambiente, surge o movimento modernista. Em 1922, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Luís Aranha, entre outros intelectuais e artistas, iniciam um movimento cultural que assimilava as técnicas artísticas modernas internacionais, apresentados na célebre Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal.

Em 1922, foi erguido o novo Mosteiro de São Bento, em 1926 foi criado na região do Brás o Parque Dom Pedro II e em 1926 o Prefeito Pires do Rio homologou a criação do Parque do Ibirapuera.

Tendo em vista a demanda de energia para os próximos anos, foi feita a Represa Billings em 1925 bem como a Usina de Cubatão - por Henry Borden, em1926.

Nos fins dos anos 20, foi inaugurada a auto-estrada para Interlagos (hoje Avenida Washington Luís), onde anos mais tarde viriam se desenvolver o aeroporto no Campo de Congonhas e a região sul de Interlagos, que tinha este nome em virtude da proximidade com as duas represas.

Em 1929, iniciou-se a construção do Edifício Martinelli (inaugurado em 1934), que representou um marco, pois era a maior edificação da época e refletia o processo de verticalização do centro paulistano.

Em 1929, na gestão do Prefeito Pires do Rio, houve uma grande cheia do Rio Tietê, o que levou à obras de retificação dos leitos do Tietê, do Tamanduateí e do Jurubatuba (Pinheiros), bem como de seus afluentes. Estas obras foram levadas adiante pelos prefeitos Fábio Prado e Prestes Maia, entre outros que vieram a seguir.

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5a Fase: Início da Era Vargas (03/11/1930) à Revolução de 1964

A partir de 1930, iniciou-se o período da Segunda República, com o Presidente Getúlio Vargas. Este período representou o fim do domínio das oligarquias do café e o início de diversas transformações do Brasil Moderno. Este ano também foi caracterizado pela maior influência da arquitetura americana, que até então era influenciada pela arquitetura européia.

Com a queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929 e a Revolução de 1930, alterou-se a correlação das forças políticas que sustentou a "República Velha". A década que se iniciava foi especialmente marcante para São Paulo, tanto pelas grandes realizações no campo da cultura e educação quanto pelas adversidades políticas. Os conflitos entre a elite política (representante dos setores agro-exportadores do Estado) e o governo federal, e que resultaram posteriormente na morte de quatro jovens, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (M.M.D.C.), os quais protestavam contra o governo do Presidente da República Getúlio Vargas, conduziram à Revolução Constitucionalista no dia 9 de Julho de 1932. A cidade foi transformada numa verdadeira praça de guerra, onde se inscreviam os voluntários, que se armavam em estratégias de combate, e se arrecadavam contribuições da população amedrontada, mas orgulhosa de pertencer a uma "terra de gigantes". A derrota de São Paulo e sua participação restrita no cenário político nacional coincidiu, no entanto, com o florescimento de instituições científicas e educacionais. Mais tarde, em 1948, inaugurou-se no Parque Ibirapuera o Monumento da Revolução Constitucionalista de 1932, a principal área verde da cidade.

Em 1933, foi criada a Escola Livre de Sociologia e Política, destinada a formar técnicos para a administração pública. Em 1934, Armando de Salles Oliveira, interventor do Estado, inaugurou a Universidade de São Paulo. O Município de São Paulo ganhou, na gestão do prefeito Fábio Prado, o seu Departamento de Cultura e de Recreação. Nesse mesmo período, a cidade presenciou uma realização urbanística notável, que testemunhava o seu processo de "verticalização". Marco disto foi a inauguração, em 1934, do Edifício Martinelli, maior arranha-céu de São Paulo na época, com 26 andares e 105 metros de altura.

Em 1935, a cidade de Santo Amaro deixou de ser município, e foi incorporada à capital paulista.

Na década de 30, já era possível perceber que a cidade tinha um acentuado crescimento de sua rede viária, chegando a regiões mais distantes do centro velho. Em 1936, a Avenida Rebouças foi nivelada e asfaltada, sendo determinada também a abertura da Av. Água Funda, a Rua Pedroso de Moraes (no Bairro de Pinheiros) e o alargamento da Avenida Adolfo Pinheiro (na região de Santo Amaro).

Em 1936, foi inaugurado o Aeroporto de Congonhas, com uma pista em operação. Foi um empreendimento que contribuiu para o desenvolvimento na região sul de bairros como Ibirapuera, Santo Amaro, Jabaquara, entre outros.

Em 1938, foi inaugurado o novo Viaduto do Chá, em estrutura metálica, em substituição ao antigo. A construção do Estádio do Pacaembu foi concluída e as obras de retificação do Rio Tietê prosseguiam intensamente.

Nos fins dos anos 30, a região da Rua Barão de Itapetininga começa a perder as características do “centro velho”, transformando-se em novo centro comercial, com edifícios modernos e recebendo em 1939 a loja de departamentos Mappin, na Praça Ramos de Azevedo.

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Prestes Maia

Nascido em 1896 na cidade de Amparo, e formado pela Escola Politécnica em 1917, Prestes Maia aparece como Secretário de Obras da cidade de São Paulo em 1930, na gestão do Prefeito Fábio Prado. Começa então a implantação de seu Plano de Avenidas, que teve seu grande desenvolvimento na década de 40, quando Prestes Maia assumiu a Prefeitura (1938-1945), bem como durante sua segunda gestão (1961-1965). Este plano tratou-se de uma intervenção urbanística sem precedentes na história da cidade.

Ainda na gestão de Fábio Prado, foi terminado o túnel sob a Avenida Paulista, sendo denominado Túnel Nove de Julho.

O Plano de Avenidas previa a remodelação do sistema viário, criando uma organização rádio-concêntrica (radiais e perimetrais), além do Sistema "Y", de três grandes avenidas no centro: a Avenida Anhangabaú (hoje Avenida Prestes Maia), a Avenida Itororó (futura 23 de Maio, aprovada em 1937) e a Avenida Nove Julho (inaugurada em 1941). Este projeto viário tinha o objetivo de descongestionar e expandir o centro da cidade.

O episódio mais polêmico da administração Prestes Maia foi o afastamento de Mário de Andrade do Departamento de Cultura do Município. As explicações para este fato foram que a verba destinada para este setor estava aquém das possibilidades do município, e que segundo a legislação da época, educação e cultura eram responsabilidade do Estado.

Uma grande qualidade de Prestes Maia foi a honestidade de sua gestão, como relatado pelo adversário político Rubens Borba de Moraes: "Eu falo muito mal do Prestes Maia, mas eu sou injusto às vezes. O Prestes Maia era um homem impossível, um gênio esquisito, personalista, autoritário, manhoso, mas tinha uma qualidade rara: foi o prefeito mais honesto que São Paulo já teve. Ele sentava em cima do dinheiro e não saia mais dinheiro. Não houve roubalheira, não havia porcentagem de concorrência". Este traço de Prestes Maia também mereceu a admiração de Monteiro Lobato, em uma declaração dada em 1946 : "Para mim, só dois homens que já exerceram funções públicas demonstraram essa honestidade absoluta: José Américo (o escritor que foi governador da Paraíba) e Prestes Maia. Todos os demais são relativamente honestos, inclusive eu".

As verbas tão bem cuidadas foram empregadas na conclusão das iniciativas de Fábio Prado e no prosseguimento parcial do Plano de Avenidas. Foram sete anos durante os quais a cidade virou um imenso canteiro de obras (1938-45). Terminou-se o Viaduto do Chá, a Avenida 9 de Julho com seus viadutos e túneis e o Estádio do Pacaembu. Prolongou-se a Avenida São João e transformou-se em avenidas as ruas Ipiranga e São Luís. Abriu-se as avenidas Duque de Caxias, Anhangabaú (atual Prestes Maia), Liberdade, Vieira de Carvalho, Senador Queirós e o primeiro trecho da Itororó. Construiu os viadutos Jacareí, Dona Paulina, 9 de Julho e a Ponte das Bandeiras no Rio Tietê.

Nos anos 40, a cidade ganhou importantes empreendimentos como o Hipódromo do Jóquei Clube (1941), a primeira fase do Perímetro de Irradiação (Av. Ipiranga, em 1942), o Palácio da Justiça, a Biblioteca Pública Municipal e o prédio do Banco do Estado de São Paulo (Banespa, em 1947).

Em junho de 1941, o Prefeito Adhemar de Barros foi afastado por Getúlio Vargas, sob forte suspeita de corrupção. Seu sucessor, Fernando Costa, demitiu todos os colaboradores de Adhemar, com exceção de Prestes Maia. No último dia de seu mandato, em novembro de 1945, ao sair da prefeitura no final do expediente, dispensou o carro oficial com motorista, pegou um bonde e foi sozinho para casa. Logo reassumiu seu posto no DOP, trabalho que passou a acumular com projetos urbanísticos para diversas cidades brasileiras, entre elas Santos, Campos de Jordão, Campinas, Recife e Poços de Caldas.

Tendo em vista o crescimento da demanda de Transporte Público, foi criada em 1946, a Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), a fim de explorar este serviço na capital.

Em 1950 a sede do governo estadual foi transferida para o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi.

Nos anos 50, inicia-se o fenômeno de "desconcentração" do parque industrial de São Paulo, que começou a se transferir para outros municípios da Região Metropolitana (ABCD, Osasco, Guarulhos, Santo Amaro) e do interior do Estado (Campinas, São José dos Campos, Sorocaba). Esse declínio gradual da indústria paulistana insere-se num processo de "terciarização" do município, acentuado a partir da década de 70. Isso significa que as principais atividades econômicas da cidade estão intrinsecamente ligadas à prestação de serviços e aos centros empresariais de comércio (shopping centers, hipermercados, etc).

Em 1954, a cidade de São Paulo comemorou o quarto centenário de sua fundação com diversos eventos, inclusive com a inauguração de diversos edifícios e monumentos, projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Em 1955, foi projetado o maior edifício da época, o Edifício Itália, com 164 metros de altura.

Nos anos seguintes, a preocupação com o espaço urbano buscava basicamente abrir caminho para os automóveis e atender aos interesses da indústria automobilística, que se instalou em São Paulo em 1956. Simultaneamente, a cidade cresceu de forma desordenada em direção à periferia, gerando uma grave crise de habitação, na mesma proporção em que as regiões centrais se valorizaram, servindo à especulação imobiliária.

A Segunda Gestão de Prestes Maia (1961-1965)

Quando foi eleito para sua segunda gestão, Prestes Maia realizou uma dupla proeza política. A primeira foi conseguir uma aliança entre partidos até então inconciliáveis: a UDN de um lado, e o PSD e o PTB de outro. A segunda foi derrotar os candidatos apoiados por Jânio e Adhemar: respectivamente Emílio Carlos e Cantídio Sampaio. Isto porque Jânio estava desgastado pela renúncia à presidência da República e Adhemar (1957-61) pela péssima administração da cidade.

A Prefeitura que encontrou desta vez estava bem diferente daquela encontrada em sua primeira gestão (1938-45). Em 1938 havia sido antecedido por Fábio Prado, um excelente administrador. O mesmo não se podia dizer da herança deixada por Adhemar de Barros: um déficit de 2 bilhões de cruzeiros e uma enorme desorganização administrativa. Sem recursos, Prestes Maia limitou-se a recuperar e conservar o patrimônio municipal. Se não podia implantar novos melhoramentos, cuidou de estudar os problemas e detalhar projetos.

Um dos problemas era a fonte de recursos da cidade. A Constituição de 1946 havia concedido a todos os municípios do país o retorno de 30% da diferença entre o montante da arrecadação estadual e municipal. No entanto, o artigo 20 desta lei fazia uma ressalva, negando este direito às capitais estaduais, para engrossar a arrecadação estadual. Prestes Maia passou então a denunciar a injustiça do artigo, viajando por todo o país e iniciando uma campanha nacional para a sua revogação.

Entretanto, a vitória no Congresso Nacional só foi obtida em 1967, muito depois do final de seu mandato, beneficiando todas as capitais estaduais. Assim, os frutos de seus esforços não se materializaram em sua gestão, porém deixou a casa em ordem para seu dinâmico sucessor, o Brigadeiro José Vicente de Faria Lima (1965-69), com estudos prontos e um considerável reforço tributário. Mesmo com pouco dinheiro, Prestes Maia ainda construiu pontes, viadutos e iniciou a construção das marginais dos rios Pinheiros e Tietê. Terminou seu mandato despachando do leito de um hospital, vindo a falecer duas semanas depois da transferência do cargo.

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6a Fase: Da Revolução de 1964 à Nova República (1985)

A Revolução de 1964 foi um reflexo da bipolarização do mundo no período da Guerra Fria e que caracterizou o período de ditadura militar no Brasil. A partir de então, o cargo de prefeito perdeu seu caráter democrático e sua escolha foi em função dos governantes do país neste período.

A partir de 1970, o governo militar implantou uma série de medidas econômicas, trazendo um considerável crescimento para o país. Foi o chamado Milagre Econômico dos anos 70. Neste período a cidade passou a ter suas principais atividades econômicas relacionadas com a prestação de serviços (Setor Terciário).

Em 1965, o Brigadeiro José Vicente Faria Lima assumiu o cargo de Prefeito, viabilizando o início da construção do metrô, concluindo as obras da Avenida 23 de Maio e executando as obras do complexo viário do Parque D. Pedro II. Em sua gestão também foi elaborado o “Plano Urbanístico Básico de São Paulo”, o qual sugere, entre outras coisas, a criação de uma extensa rede de vias expressas.

O alargamento da Rua Iguatemi foi concluído em 1968, passando a se chamar alguns anos mais tarde Avenida Brigadeiro Faria Lima. A partir da inauguração do Shopping Iguatemi (1966), a região começa a crescer e nos anos 80 passa a ser um grande centro comercial.

Em 1975, Francisco Collet, Carlos e Roberto Bratke iniciaram o processo de construção de edifícios de escritórios de alto padrão na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. Este processo foi conseqüência da necessidade de uma maior quantidade de estacionamentos, de preços mais baixos de terrenos em relação à Avenida Paulista e de uma maior proximidade com bairros residenciais da classe alta do Morumbi e do Jardins.

Tendo em vista a necessidade de um modelo de transporte público de grande porte e as boas condições econômicas na época, em 1969 começam as obras do metrô. O primeiro trecho da Linha Norte-Sul foi inaugurado em 1974 e o da Linha Leste-Oeste em 1979. Muitas estações foram inauguradas nos anos seguintes, formando o maior complexo metroviário do Brasil.

No sistema viário, a cidade ganha o Elevado Costa e Silva (1971), que trouxe muitos benefícios para circulação de veículos, mas também trouxe uma considerável desvalorização para os moradores das edificações em torno da via.

Em 1971 foi duplicada a pista de tráfego da Avenida Paulista, agregando uma maior importância ao que já se caracterizava como um importante centro comercial.

Em 1972 foi elaborada uma lei na gestão do prefeito Figueiredo Ferraz, que dispõe sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo do município de São Paulo.

Em 1973 realizaram-se estudos pela Prefeitura para construção de vias expressas, a fim de dar continuidade às rodovias dentro da área urbana. Um convênio entre o Governo do Estado e a Prefeitura foi aprovado para construção do primeiro trecho do Pequeno Anel Rodoviário de São Paulo.

Em 1975 foi concluída a remodelação da Praça da Sé (inclusive com a conclusão da Catedral, que foi iniciada em 1954), facilitando o trânsito de pedestres junto a estação Sé do metrô, além de modernizar o Centro Velho.

Em 1976 a prefeitura lançou o plano “Ação Centro”, destinado a dar prioridade absoluta aos pedestres, afastando os automóveis da região central.

No ano de 1982 foi inaugurado o Terminal Rodoviário do Tietê, junto a estação de metrô. Foi de grande importância para cidade uma vez que recebe diariamente milhares de pessoas de diversas parte do país como a comunidade nordestina que veio em peso para a cidade em busca de trabalho.

No final da gestão do Presidente João Batista Figueiredo, o último governante da era militar, o país inteiro se manifestava pelo restabelecimento de um governo democrático. Em abril de 1984, na Praça da Sé, ocorreu a maior manifestação pública a favor da "Diretas-Já".

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7a Fase: Da Nova República (1985) aos dias de hoje

Desde o início da década de 80, o país já sofria um processo de recessão, o Governo Militar se encontrava em crise, culminando então no fim da Ditadura Militar no dia 1 de Janeiro de 1985, com a vitória de Tancredo Neves, que representava uma esperança por um novo país. Contudo, com a doença e a morte do primeiro presidente eleito, Tancredo Neves,  os primeiros anos da Nova República foram marcados por crises sucessivas com altos índices inflacionários e com uma série de fracassos econômicos durante os governos de José Sarney (1985-1989) e de Fernando Collor de Mello (1989-1992).

Em 1986, assume o Prefeito Jânio Quadros, responsável pelo último Plano Diretor da Cidade de São Paulo. Entre suas obras se encontra o projeto do túnel sob o Rio Pinheiros e sob o Parque do Ibirapuera, inauguradas na segunda gestão do Prefeito Paulo Maluf, em 1992. Além disso, começaram as obras de canalização do Córrego Águas Espraiadas, o que propiciou um maior desenvolvimento do centro comercial da Avenida Luís Carlos Berrini.

Na gestão da Prefeita Luiza Erundina (1988-1992) foram concluídas as obras de reurbanização do Vale do Anhangabaú e a reforma do Autódromo de Interlagos, para receber a etapa brasileira da Fórmula 1, que até então era realizada em Jacareguá, no Rio de Janeiro. Promoveu-se a municipalização do transporte, a instalação de novas creches e a abertura de cinco hospitais. Marcada pela escassez de recursos públicos, sua administração foi pouco expressiva e duramente criticada resultando na volta de Paulo Maluf como prefeito, em 1992.

Sua gestão foi marcada pela conclusão de obras da gestão Jânio Quadros, como a canalização do Córrego Águas Espraiadas, a construção da avenida nas margens do mesmo, a conclusão do túnel sob o Rio Pinheiros e a construção do Complexo Viário Airton Senna, com um túnel sob o Parque do Ibirapuera. A gestão foi marcada por um grande déficit de recursos financeiros.

No ano de 1992, a Avenida Paulista foi o palco de sucessivas manifestações pelo "Impeachment" do Presidente Fernando Collor de Mello. Até hoje, recebe os mais diferentes grupos, de trabalhadores à torcida de futebol, sendo um dos lugares mais expressivos da Cidade de São Paulo.

No período de 1996 à 2000, a cidade teve um de seu piores administradores, o Prefeito Celso Pitta. Suas realizações se resumem ao prosseguimento de algumas obras da gestão anterior, como o Projeto Habitacional Cingapura, o Complexo Viário do Cebolinha na região do Parque do Ibirapuera e a retirada de camelôs em algumas rua centrais. Sua administração foi marcada por sucessivas denúncias de corrupção, com a "Máfia dos Fiscais". O Projeto "Fura-Fila", símbolo de sua campanha, não foi bem sucedido em virtude dos seus altos custos e da falta de integração com os demais modos de transporte público.

Em 2000, o Governo Estadual de Mário Covas inaugura as estações Socorro, Granja Julieta, Morumbi, Berrini, Vila Olímpia, Cidade Jardim e Rebouças, na Marginal Pinheiros, configurando a Linha Celeste da CPTM. Sua importância está relacionada a grande importância econômica da região à margem do Rio Pinheiros, e no resgate de um importante meio de transporte até então "esquecido" por outros governantes.

Em 2000, a Prefeita Marta Suplicy foi eleita. A gestão petista enfrenta uma posição diferente, pois terá que mostrar que é capaz de resolver os problemas da cidade sem escândalos de corrupção.

São Paulo é uma das maiores cidades do mundo, que apresenta uma complexidade proporcional a sua grandeza. Uma cidade que recebeu pessoas das mais diversas partes do Brasil e do mundo e que tem uma grande força comercial e cultural, mas que também possui graves problemas sociais para resolver.

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