Renânia -Palatinado

Habitantes:

4,0 milhões

Área:

19.849 km2

Capital:

Mogúncia

 

No centro da Europa

O Estado da Renânia-Palatinado foi criado pelo governo militar francês após a II Guerra Mundial, em 30 de agosto de 1946, sem levar em consideração as estruturas existentes. Foram unidas partes que nunca estiveram juntas: partes das províncias prussianas do Reno, as regiões de Hessen à esquerda do Reno e o Palatinado, de influência bávara. Mas a Renânia-Palatinado consolidou-se e desenvolveu uma identidade própria.

A Renânia-Palatinado tira proveito da sua situação geográfica. A ampla e moderna rede de auto-estradas e estradas federais, as rápidas conexões ferroviárias entre as cidades de Mogúncia, Kaiserslautern, Trier, Ludwigshafen e Koblenz, as grandes vias navegáveis dos rios Reno e Mosela, bem como a vizinhança de três centros economicamente fortes - Reno-Meno, Reno-Neckar e Reno-Ruhr - oferecem as melhores condições para que a Renânia-Palatinado seja hoje uma das mais dinâmicas regiões da Alemanha.

 

Uma antiga região cultural da Europa

Antigamente, celtas, romanos, borgonheses e francos fixaram-se no Reno. Em Speyer, Worms e Mogúncia encontram-se as grandes catedrais imperiais da Idade Média. Em Worms, foi construída em estilo românico, a partir de 1034, a mais antiga sinagoga da Alemanha. Foi também nessa cidade que o reformador Martinho Lutero «Martin Luther» recusou-se a revogar suas teses perante a Dieta de 1521. Trezentos anos mais tarde, o jornal liberal «Rheinischer Merkur» lutou em Koblenz contra o domínio napoleônico e contra a censura da imprensa. No palácio de Hambach, teve lugar em 1832 o primeiro comício popular democrático-republicano. O museu mundial da arte tipográfica, o Museu Gutenberg de Mogúncia, mostra seu acervo na cidade natal do inventor da tipografia com letras móveis, Johannes Gutenberg (1400-1468), que em 1999 foi escolhido em todo mundo como o «Homem do Milênio». Em Trier, nasceu o filósofo e fundador do socialismo científico, Karl Marx (1818-1883).

 

Vinicultura e indústria

Os produtos oriundos da Renânia-Palatinado têm grande demanda tanto nos mercados nacionais como nos internacionais. Aquele Estado é o campeão alemão de exportação. Sua economia é surpreendentemente diversificada: por um lado, a Renânia-Palatinado é o centro da vinicultura (dois terços da vindima alemã é proveniente de lá) e um importante produtor de madeira, por outro, possui um dos maiores conglomerados químicos e de empresas fornecedoras da indústria automobilística. As especialidades da região são: pedras preciosas de Idar-Oberstein, produtos de cerâmica e de vidro de Westerwald e a indústria de artefatos de couro de Hunsrück e do Palatinado, tendo Pirmasens como centro. O empregador mais importante é a indústria química e de processamento de materiais plásticos. A BASF, em Ludwigshafen, é a maior fábrica de produtos químicos da Europa e, ao mesmo tempo, a maior empresa produtora daquele Estado. As quatro maiores empresas da Renânia-Palatinado depois da BASF estão igualmente localizadas às margens do Reno: a Boehringer (farmacêutica), em Ingelheim, a Joh. A. Benckiser (química e cosméticos) e a SGE Deutsche Holding (construção civil), ambas em Ludwigshafen, e a Schott Glaswerke, em Mogúncia. A capital do Estado abriga a maior emissora de televisão da Europa, a Segunda Rede de Televisão (ZDF), e o  canal comercial SAT.1.

 

Paisagens pitorescas

A Renânia-Palatinado está situada no centro do maciço xistoso renano Schiefergebirge. Entre as mais belas paisagens da Alemanha encontra-se o vale do Reno entre Bingen e Bonn, envolto em lendas, enfeitado de castelos e exaltado por numerosos poetas, pintores e músicos. Tanto lá como no vale do Mosela é produzido um vinho apreciado por conhecedores de todo o mundo. No chamado «Deutsches Eck», em Koblenz, o Mosela deságua no Reno. Outros afluentes do Reno, o Nahe, o Lahn e o Ahr, oferecem também regiões vinícolas de uma beleza encantadora. No sopé da floresta do Palatinado passa a «Estrada do Vinho».

Desde tempos primordiais, o Reno forma a artéria econômica da região. Às suas margens encontram-se as cidades de Ludwigshafen (165.000 habitantes), Mogúncia (186.000 habitantes) e Koblenz (109.000 habitantes). Em Kaiserslautern (101.000 habitantes), Frederico I Barba-Roxa mandou construir um palácio imperial; a cidade romana de Trier (100.000 habitantes) tem 2.000 anos. Suas edificações romanas podem ser encontradas na lista dos monumentos culturais da UNESCO, assim como as catedrais de Speyer, Worms e Mogúncia; a igreja da abadia de Maria Laach, na região do Eifel; o castelo fortificado Burg Eltz; a cidade de Oberwesel no Reno; as igrejas «Katharinenkirche», em Oppenheim e St. Paulin, em Trier; e a fortaleza Koblenz-Ehrenbreitstein.

 

Artistas de ontem e de hoje

A luz inconfundível sobre a encantadora paisagem ondulada do Palatinado foi captada pelos pintores Max Slevogt (1868-1932) e Hans Purrmann (1880-1966). Importantes pintores contemporâneos são, por exemplo, Heijo Hangen, Karl-Otto Götz e Otto Greis, e os escultores mais importantes são Franz Bernhard, Erwin Wortelkamp e Michael Croissant. Uma atrativa oferta cultural em todo o território estadual proporciona o programa Verão Cultural da Renânia-Palatinado, realizado todos os anos no período de 1 o de maio a 3 de outubro e que se tornou um fórum de todo o cenário cultural do Estado.

 

- Maiores informações:

https://www.rlp.de